Em setembro de 2025, um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de plantação de eucalipto e pasto em Biritiba Mirim, município localizado na Região Metropolitana de São Paulo. Esse evento destaca a vulnerabilidade de áreas rurais à ocorrência de queimadas, especialmente em regiões com clima seco e vegetação suscetível ao fogo. O fogo teve início na noite de quarta-feira, 3 de setembro, e foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, sem vítimas registradas.
A ocorrência em Biritiba Mirim reflete uma tendência crescente de incêndios em áreas rurais, muitas vezes relacionados à prática de queimadas para renovação de pastagens ou controle de vegetação. Embora o fogo tenha sido controlado rapidamente, o incidente evidencia a necessidade de estratégias mais eficazes de prevenção e combate a incêndios em regiões propensas a esse tipo de ocorrência. Além disso, destaca a importância de políticas públicas que promovam práticas agrícolas sustentáveis e o uso responsável do fogo.
A vegetação de eucalipto, comum em áreas de reflorestamento, é conhecida por sua alta inflamabilidade, o que aumenta o risco de incêndios em regiões onde essa espécie é predominante. A combinação com pastagens pode criar um ambiente propício para a propagação rápida do fogo, especialmente em períodos de estiagem prolongada. Portanto, é essencial que os produtores rurais adotem práticas de manejo que minimizem os riscos de incêndios, como a criação de faixas de contenção e o controle rigoroso do uso do fogo.
O impacto de incêndios em áreas de plantio de eucalipto e pastagem vai além da destruição da vegetação. Esses eventos podem comprometer a qualidade do solo, afetar a biodiversidade local e prejudicar a saúde de comunidades próximas. Além disso, há perdas econômicas significativas, tanto para os produtores quanto para a economia local, devido à destruição de culturas e infraestrutura. Portanto, é fundamental que haja uma abordagem integrada que envolva prevenção, monitoramento e resposta rápida a incêndios.
A colaboração entre órgãos governamentais, produtores rurais e comunidades locais é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e combate a incêndios. Programas de capacitação e conscientização sobre os riscos e as melhores práticas de manejo podem contribuir significativamente para a redução da ocorrência de incêndios. Além disso, a implementação de tecnologias de monitoramento, como o uso de drones e satélites, pode auxiliar na detecção precoce de focos de incêndio e na coordenação das ações de resposta.
Em nível estadual e federal, é necessário fortalecer a legislação relacionada ao uso do fogo e à proteção de áreas agrícolas e florestais. Isso inclui a criação de incentivos para práticas agrícolas sustentáveis, o estabelecimento de zonas de risco e a imposição de penalidades para o uso inadequado do fogo. Além disso, é importante investir em infraestrutura de combate a incêndios, como a construção de reservatórios de água e a instalação de sistemas de alerta precoce.
A experiência de Biritiba Mirim serve como um alerta para outras regiões com características semelhantes. É imperativo que se adotem medidas preventivas eficazes para evitar que incêndios causem danos irreparáveis ao meio ambiente e à economia local. Além disso, é fundamental que haja uma mudança de paradigma, passando de uma abordagem reativa para uma postura proativa em relação à gestão de riscos de incêndios.
Em conclusão, o incêndio em Biritiba Mirim evidencia a necessidade urgente de ações coordenadas para prevenir e combater incêndios em áreas de eucalipto e pastagem. Somente por meio de uma abordagem integrada, que envolva todos os atores sociais e utilize tecnologias adequadas, será possível mitigar os riscos e proteger os recursos naturais e a economia local.
Autor: Gennady Denisov